No dia 09 de outubro, o IEEE Wie Unicamp convida todas para a comemoração de seu 5º aniversário.
Venha assistir ao episódio “Irmãs do Sol” da série Cosmos, saborear uma deliciosa sobremesa e bater um papo com a gente!
Contamos com a sua presença!
O Fórum ‘O Gênero na Política Pública: uma Agenda em Construção’ abre neste ano as discussões do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM) acerca da diferença social entre os sexos e a premente necessidade de construção de políticas voltadas a mulher.
Com a participação de especialistas, pesquisadores e gestores públicos temas variados sobre o desafio de valorização à mulher serão discutidos sob diferentes dimensões. Os Palestrantes apontarão o que em sua visão pode constituir mecanismos e ações para compor o Plano Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres.
O evento acontecerá amanhã, 17/03/2015, das 14h30 às 17h30 no Salão Vermelho – Paço Municipal Prefeitura Municipal de Campinas, Av. Anchieta, 200, Centro, Campinas/SP – CEP 13015-904.
As inscrições só poderão ser feitas até hoje (16/03/2015), às 22h30.
Confira a programação e faça a sua inscrição na página do evento: inscreva-se!
Mais informações no Blog Conselho dos Direitos da Mulher – Campinas.
Segue o convite abaixo.
O projeto Android Smart Girls, o principal do grupo IEEE WIE (Women in Engineering) da Unicamp, teve como proposta dar a oportunidade do primeiro contato com o desenvolvimento de tecnologia a alunas de ensino médio da Escola Estadual de Barão Geraldo, Hilton Federici. A ideia do grupo foi aproximá-las da tecnologia através do objeto mais presente na vida dos jovens de hoje em dia: o smartphone. Ao final de um ano de projeto elas teriam que idealizar e programar seus próprios aplicativos para os smartphones e os resultados foram incríveis!
Coordenado pela professora Juliana Freitag Borin, do Instituto de Computação (IC) da Unicamp, o Android Smart Girls consistiu na implementação de um curso voltado ao desenvolvimento de aplicativos (apps) para smartphones. O projeto almeja que meninas do ensino médio considerem as carreiras de ciências exatas, engenharias e, em especial, a computação como opções para seu futuro. O incentivo vale também para as universitárias envolvidas, já que muitas abandonam a profissão escolhida.
A iniciativa consistiu em duas etapas: inicialmente as alunas, que nunca haviam programado ou tinham noções de lógica, tiveram aulas de programação em Android, através da plataforma MIT App Inventor. Em seguida, formaram grupos e passaram a contar diretamente com várias mentoras da área de tecnologia, que também serviram de papel-modelo para as jovens aprendizes. Além das aulas e da criação dos aplicativos, as alunas também tiveram palestras que as orientavam sobre aspectos de mercado e incentivavam o empreendedorismo.
O grupo IEEE WIE Unicamp propôs este projeto em resposta ao edital do MCTI/CNPq/SPM-PR/Petrobras – Meninas e Jovens Fazendo Ciências Exatas, Engenharias e Computação, lançado em outubro de 2013. O projeto teve apoio financeiro da Samsung e a participação de vários voluntários, entre alunos do IC e da Faculdade de Engenharia Elétrica e da Computação (FEEC), pesquisadores, funcionários e profissionais da indústria.
Além de todos os ganhos já citados, a escola teve uma grande mudança. A Samsung reformou e inovou uma grande sala da escola, criando uma nova sala de leitura, biblioteca e um espaço Smart School com recursos audiovisuais que serão utilizados de agora em diante pelos professores e alunos da escola inteira.
Na cerimônia de encerramento, que ocorreu no dia 25 de novembro, as alunas apresentaram formalmente suas criações que participaram de um concurso que contou com uma banca de jurados especial: Vera Bier (CTO de R&D do Brasil da Samsung), Luciene Costa Nascimento (representando Programaê!), Camila Acchuti (do blog Mulheres na Computação e embaixadora do Technovation Challenge) e Jefferson Silva (desenvolvedor Android na Movile).
As três integrantes do grupo vencedor ganharam Phablets Samsung. Além disso, todas as alunas concluintes do projeto receberam certificados e foram presenteadas com um curso oferecido pela MUPI. O projeto vencedor foi o “Querido Cabelo” que facilita o processo de doação de cabelo para a confecção de perucas que são doadas para mulheres que passaram por quimioterapia. Outros dois projetos de destaque foram o “Bravo!” que possibilita que os próprios artistas promovam os seus espetáculos e o “Quero Abrigo” que conecta ONGs e pessoas que querem doar e adotar animais de estimação.
Os aplicativos ficaram tão bons que foram todos convidados a participar da competição internacional do Technovation Challenge em 2015, cuja final acontece na Califórnia nos Estados Unidos. O melhor aplicativo ganhará U$10,000 de financiamento e suporte para desenvolvimento de seu aplicativo.
No último dia 24 de outubro, dentro do contexto do projeto STAR, o IEEE WIE Unicamp ofereceu uma oficina de programação Android mais de 100 alunos do colégio Liceu Salesiano Nossa Senhora Auxiliadora de Campinas. A oficina foi um grande sucesso graças à participação fundamental dos voluntários e à grande receptividade do colégio Liceu, que abriu suas portas para esse projeto piloto. Durante as duas horas de oficina os alunas e alunos foram apresentados à plataforma MIT App Inventor e foram guiados na programação de um aplicativo de “Bola de Cristal” para celular. A oficina foi oferecida para todos os alunos e alunas de 9° ano do Ensino Fundamental II. Para as turmas de meninas, além do encorajamento para a exploração de atividades técnicas ou de computação, divulgou-se também oportunidades especiais de competições de aplicativos, como o Technovation Challenge.
From Projeto STAR, Oficina de Programação Android no Colégio Liceu (Outubro, 2014) |
Quando se olha para o século passado, o pensamento comum é de que as mulheres não tinham nenhuma relação com a ciência, ou de que caso se tinha, seria muito pouca. Porém, um estudo mais detalhado do assunto feito pela historiadora Mariana Moraes de Oliveira Sombrio comprova justamente o contrário.
A participação das mulheres em expedições científicas no Brasil foi muito maior do que era de se esperar, mas encontrar estes registros e analisar os dados não é uma tarefa simples. Mariana Sombrio iniciou seu estudo sobre as mulheres cientistas em sua iniciação científica e agora, no doutorado, a sua tese ajudará a preencher esta lacuna na história feminina na ciência.
Mariana desenvolveu a pesquisa “Em busca pelo campo: ciências, coleções, gênero e outras histórias sobre mulheres viajantes no Brasil em meados do século XX” sob a orientação da professora Maria Margaret Lopes, junto ao Departamento de Política Científica e Tecnológica (DPCT), do Instituto de Geociências (IG) da Unicamp.
Em sua iniciação científica e em seu mestrado, ela estudou Bertha Lutz, a qual ficou conhecida na história brasileira por sua militância feminista, mas que era também cientista, faceta pouco abordada – ela tinha os diplomas de botânica e de zoóloga, trabalhando com ciências naturais. Ao pesquisar a documentação do CFE (Conselho de Fiscalização de Expedições Artísticas e Científicas do Brasil), referente ao período de 1933 a 1968, Mariana Sombrio levantou as fichas de 38 mulheres que solicitaram licenças para expedições, antevendo nesses registros o mote para o seu doutorado: entender as condições, fatores e estratégias com que elas se inseriram nas práticas de campo. “A maioria era de estrangeiras, como americanas do Instituto Smithsonian e da Universidade de Columbia, bem como da Europa, poucas latino-americanas e também brasileiras autônomas (aquelas vinculadas a instituições como Butantan e Manguinhos não precisavam da autorização)”.
Segundo Mariana, as expedicionárias deste período viveram em ambientes majoritariamente masculinos, mas várias delas produziram pesquisas consistentes e estabeleceram relações com a comunidade científica, numa atuação que ia muito além do papel de assistentes, geralmente reservado a elas.
Em sua tese, três cientistas estrangeiras foram destaque e por isso tiveram um capítulo exclusivo dedicado para cada uma. Estas fizeram do Brasil seus campos de pesquisa: Wanda Hanke, austríaca com formação em medicina, direito e filosofia, que decidiu realizar o sonho da etnologia aos 40 anos de idade, estudando indígenas do Brasil, Paraguai, Bolívia e Argentina, até morrer na cidade de Benjamin Constant (AM); a zoóloga americana Doris Cochram, que veio sozinha para estudar sapos, mas com a ajuda preciosa de Bertha Lutz; e Betty Meggers, arqueóloga também americana que, invertendo os papéis, conquistou fama com uma produção que superou a do marido também arqueólogo.
Mariana Sombrio foi destaque no Jornal da Unicamp (Edição 608) e a matéria publicada sobre o seu estudo contém um resumo da trajetória destas três mulheres.
Para saber com mais detalhes o desenvolvimento de sua pesquisa, bem como a história destas três estrangeiras acesse o link da notícia: As ‘aventureiras’ que desbravaram o país pela ciência.
A Maratona de Aplicativos é um concurso entre estudantes brasileiros ou naturalizados brasileiros do Ensino Médio no qual os participantes deverão criar aplicativos que possam melhorar a vida deles como alunos, sua escola ou a educação no Brasil.
A competição, organizada pela FIAP em parceria com a Google, está em sua segunda edição e a anterior foi um sucesso!
Os estudantes devem formar grupos de 3 a 5 participantes, sendo que o aplicativo deve ser desenvolvido na plataforma MIT App Inventor Versão 2 e cada grupo só pode enviar um aplicativo.
Além da competição, pessoas que não podem participar poderão organizar seu próprio Hackday para estimular os estudantes ainda mais a trabalhar em grupos por todo o processo de criação de um aplicativo, desde a geração de ideias, programação de aplicativos e até a apresentação de seus protótipos.
Os integrantes dos três grupos vencedores receberão ótimos prêmios e a propriedade intelectual do aplicativo desenvolvido é de 100% do grupo.
E você? Já se inscreveu?
Não perca tempo! Os aplicativos só poderão ser enviados até o dia 7 de novembro.
Para maiores dúvidas a respeito da competição, acesse o FAQ da Maratona de Aplicativos.
A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Social e de Turismo realiza na próxima terça-feira, 21 de outubro, o I Seminário Mulheres no Mundo dos Negócios e da Tecnologia, encontro que busca discutir a promoção da igualdade de oportunidades para as mulheres no mercado de trabalho. O local será o Ciesp Campinas, entidade parceira na promoção do evento juntamente com a Sanasa, o IEEE WIE Unicamp e o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher.
O seminário começa às 15h e vai até às 19h15. Estarão participando do Seminário gestoras públicas, executivas, pesquisadoras e especialistas que apresentarão a realidade de suas organizações e o desafio encontrado em suas carreiras. Entre as palestrantes estarão Paula Carvalho, Gerente Regional Ciesp Campinas, Alexandra Caprioli, Diretora de Turismo de Campinas e Heloisa Covolan, Coordenadora de Responsabilidade Social Itaipu Binacional.
Ao final do encontro, será elaborada a ‘Carta de Campinas com Políticas Públicas para as Mulheres e sua inserção ativa no mercado de trabalho’. O objetivo é entregar o documento para o prefeito Jonas Donizette e outras autoridades da cidade, como forma de estabelecer diretrizes para a valorização profissional feminina.
Data: 21 de outubro
Horário: das 15h às 19h15
Local: Ciesp Campinas – rua Padre Camargo de Lacerda, 37 – Jardim Chapadão
A prefeitura planeja disponibilizar um ônibus para levar os inscritos da Unicamp ao evento, e depois de volta à Unicamp. Pedimos aos interessados em utilizar este transporte, que se inscrevam através do link http://goo.gl/forms/zI8nbd4oaV
Confira a programação em: http://campinas.sp.gov.br/governo/desenvolvimento-economico/seminario-mulheres-neg-tec-2014.php
Inscrições gratuitas, por meio do site:
http://www.eventick.com.br/mulheres-no-mundo-dos-negocios
Mais informações: smdes.desenvolvimento@campinas.sp.gov.br ou pelo fone (19) 2116-0715
Anita Borg, uma inspiração para todas as mulheres até hoje, sempre mostrou a necessidade de abraçar a tecnologia, e não de temê-la. Sua carreira priorizava a entrada de mulheres e de minorias na área tecnológica, além disso ficou muito conhecida pelo lema de que a tecnologia tem que trabalhar pelas pessoas, e não as pessoas pela tecnologia. Este é o perfil da instituto que recebe o seu nome: Anita Borg Institute.
Nascida em 17 de janeiro de 1949, Anita teve seu primeiro contato com um teclado de computador em torno dos 20 anos, ao ponto de se dedicar ao estudo e à tecnologia. Em 1981 ela se tornou Ph.D em Ciência da Computação pelo Courant Institute at New York University e desde então iniciou uma carreira de pesquisa brilhante para alguns dos gigantes comerciais de seu setor.
Durante uma conferência sobre tecnologia (1987), ela percebeu que era a única mulher na platéia e iniciou a luta pela aparição das mulheres na área da tecnologia. A partir disso, ela iniciou a lista de e-mails Sisters, em 1987, que conseguia mentores para auxiliar as mulheres que trabalhavam com computação. Anita foi uma das fundadoras do Grace Hopper of Women in Computing (1994), inspirada na cientista Grace Murray Cooper, e que atualmente é a maior conferência de mulheres na área de tecnologia de todo o mundo. Bem como fundou o Institute for Women and Technology (1997), o qual englobava seus esforços anteriores e começava novos programas, parcerias e iniciativas para incluir as mulheres em todos os aspectos da tecnologia. Em 1999, o presidente Clinton designou a cientista para dirigir a Comissão sobre a Promoção da Mulher e Minorias em Ciências, Engenharia e Tecnologia (CAWMSET) e em 2002, ela recebeu o Prêmio Heinz de Tecnologia, da Economia e do Emprego.
Anita faleceu em 6 de abril de 2003, na Califórnia, mas deixou um exemplo de luta e conquista maravilhoso para nós, mulheres da computação e engenharia! Ela é responsável pela inclusão das mulheres na revolução tecnológica – não como espectadoras, mas como participantes ativas e líderes.